As empresas estão a procurar soluções híbridas e escritórios plug & play, de acordo com o último estudo Office Pulse da Savills, correspondente ao terceiro trimestre de 2023, que foi apresentado em Barcelona.
Escritórios Plug & Play, uma tendência crescente
Relativamente à procura de escritórios, os dados da Savills apontam para três tendências marcadas pela situação macroeconómica. Por um lado, há um interesse crescente nos escritórios plug & play: espaços já estabelecidos que permitem ao inquilino acelerar o processo de decisão, de mudança e ainda poupar custos.
O que são gabinetes plug & play?
Os escritórios Plug & Play são aqueles que consideramos prontos a serem ocupados. Não só com divisórias e mobiliário, mas também com cablagem e equipamento nos escritórios. Quando uma empresa se desloca para outro local, deixando o seu antigo escritório completamente montado, outra tira partido disso. O aspeto positivo é o facto de implicar um baixo custo de instalação e, sobretudo, uma economia de tempo.
Em que difere de um Cowork? Enquanto os escritórios plug & play são um contrato convencional, com o escritório já montado e equipado, um Cowork oferece um serviço, que envolve a gestão total dos fornecimentos.
A segunda tendência, de acordo com o relatório Pulse, é a prioridade dada aos espaços de qualidade e à atenção às questões ambientais, sociais e de governação (ESG):
- E de Environmental (ambiental) engloba o efeito que a atividade empresarial tem no ambiente.
- O S de Social inclui o impacto que uma determinada empresa tem no seu ambiente social, na comunidade.
- O G de Governação refere-se à governação empresarial da empresa, por exemplo, às políticas de transparência na sua informação pública, à diversidade da sua força de trabalho ou aos seus códigos de conduta.
“A partir dos escritórios de 1000 metros quadrados, praticamente todas as empresas exigem que os ativos tenham um selo de qualidade e sustentabilidade”, afirmou Ángel Estebaranz, diretor nacional de escritórios da Savills, na apresentação do estudo. Por fim, a terceira tendência destacada por este estudo é a flexibilidade. Neste sentido, cada vez mais as empresas procuram soluções híbridas na contratação de espaços de trabalho, solicitando uma parte da superfície no modelo de aluguer tradicional e outra parte em modelos flexíveis, para coworking ou espaço flexível em escritórios privados e com serviços incluídos.
O mercado de escritórios em Madrid e Barcelona
O mesmo estudo explica que o mercado de escritórios em Madrid teve um desempenho melhor do que o esperado entre julho e setembro a contratação de espaço bruto acumulado do ano situa-se nos níveis médios históricos com 370.000 m². Barcelona, por outro lado, após uma recuperação mais rápida em 2021 e 2022, mostra menos dinamismo até este ano, com 155.000 m² de espaço de escritórios contratados até à data, um valor 30% abaixo da média da série histórica. Em termos de zonas, tanto em Madrid como em Barcelona, o centro da cidade é o principal foco de atração graças à renovação dos edifícios de escritórios.